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Quando pensar muito é ruim

“Cogito, ergo sum” (penso, logo existo) é a frase mais famosa do filósofo e matemático francês Renê Descartes. Com a finalidade de estabelecer o verdadeiro conhecimento, ele encontrou no pensamento a certeza de que realmente existia; no raciocínio a certeza de que seu existir não era uma ilusão.

Desde então a racionalidade humana tem sido exaltada e surge assim a idéia de que a educação formal deveria nos ensinar a pensar por conta própria. Somos incentivados a pensar muito e sempre, e fazer do pensar algo rotineiro.

Pensar demais

No entanto, quero falar aqui a respeito de quando a cabeça não para: quando os pensamentos são muito presentes, a ponto de gerar ansiedade, insônia e cansaço. Acredite, o cansaço mental pode ser muito maior que o físico.

É importante ressaltar que as dicas e reflexões que faço aqui – e também nos outros artigos – não são suficientes para lidar com toda a complexidade que é o ser humano. Meu propósito é dar um pontapé inicial, poder de alguma forma ajudar a pessoa na busca por uma melhor qualidade de vida.

Explicitarei aqui a respeito de dois tipos de pensamento que ouço com mais frequência nos meus atendimentos psicoterápicos.


Medo de cometer erros. Tem gente que acredita que quase todos os erros são irreparáveis. É claro, existem alguns erros que podemos cometer que podem fechar portas em nossas vidas de forma definitiva, mas são poucas às vezes em que tais situações podem ocorrer. Existem pessoas que vivem suas vidas com medo de errar e, por isso, também acertam pouco. O erro faz parte da caminhada em direção ao acerto, ao objetivo final. Podemos dizer que o erro é condição necessária, em várias áreas da vida, para que você chegue ao lugar em que almeja.

Imagina se Thomas Edison tivesse medo de errar? Ele não teria nunca criado a lâmpada elétrica: depois de mais de 1.200 tentativas é que ele obteve sucesso.

Na verdade, o pior tipo de arrependimento é aquele no qual você se arrepende de não ter feito algo.


Pensar no que os outros estão pensando a seu respeito. A preocupação em ser avaliado faz que com se pense o tempo todo a respeito dos próprios atos: “será que falei a coisa certa? Será que me comportei da forma certa? O que o fulano achou de mim?”.

Esse tipo de mentalidade leva a não se comportar nunca de forma espontânea: é como se a pessoa não pudesse se descuidar em momento algum, como se tivesse que prestar atenção em si mesma o tempo todo.

Acredite, seus defeitos não vão, de forma geral, afastar as pessoas de você. Se você não se mostrar de alguma forma vulnerável, aí sim é que provavelmente os outros não vão chegar perto de você. Passar a imagem de que é perfeito afugentará os outros.

Se você precisa de uma ótima performance – seja em qual área for – para ser aceito, é porque certamente a outra pessoa não gosta realmente de você: quer apenas que você seja “boa o bastante” para ela.


Permita-se apreciar os sentimentos de afeto e de carinho das outras pessoas – deixem que elas gostem de você por aquilo que você realmente é. Ao invés de temer em demasia a possibilidade de errar, concentre-se mais em não estar ganhando, isto é, em não estar aproveitando a vida.

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